Quase 3 mil baianos esperam na fila de transplante de órgãos, aponta Sesab
Quase 3 mil pessoas estão na fila de transplantes de órgãos na Bahia, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). os dados são referentes ao período entre janeiro e julho deste ano. As 2.871 pessoas aguardam doações de rins, córneas e fígados para voltarem a viver de forma saudável.
Segundo a secretaria, a maior espera é referente ao transplante de rins, com 1.597 de pessoas na fila. Mais 1.252 aguardam o transplante de córnea e, 22, de fígado.
Com apenas 5% dos rins em funcionamento, o pedreiro Silvanio Melo da Silva é um dos pacientes que aguarda pela doação. Atualmente, ele precisa fazer três sessões de hemodiálise por semana, que duram quatro horas cada.
“Minhas pernas começaram a inchar, e eu comecei a ter dificuldade de andar. Durante o serviço, me deitei no chão e não consegui levantar mais. Quando fiz o exame, vi que 95% dos meus rins estavam afetados”, contou.
Por causa da doença, Silvanio não consegue mais trabalhar. Além disso, o mau funcionamento dos rins o obriga a tomar 25 comprimidos por dia e ter diversas restrições alimentares. Carne, por exemplo, é um alimento que ele só pode comer uma vez por mês.
Assim como os outros pacientes, não há uma previsão para que Sivanio receba o órgão. As doações dependem do grau de urgência do paciente, da disponibilidade do órgão e da compatibilidade do órgão.
Operações realizadas na Bahia
Quando os pré-requisitos são cumpridos, o paciente está apto a receber o transplante. De acordo com a Sesab, 587 transplantes foram realizados neste ano.
Entre eles estão: 311 de córneas, 172 de rins, 83 de medulas e 21 de fígado, totalizando 587 transplantes.
Já o Ministério da Saúde divulga outros dados. De acordo com o órgão, foram feitos 541 transplantes entre janeiro e julho deste ano. Além disso, o órgão contabiliza 3.262 pessoas na fila de espera para transplante de rins, fígado e córneas.
Sobre a diferença dos números, o MS afirma que contabiliza não só as pessoas que aguardam transplantes na Bahia, mas também os baianos que aguardam as doações em outras cidades.