A Polícia Rodoviária Federal (PRF) impediu que caminhoneiros bloqueassem, por muito tempo, a Rodovia Santos Dumont (BR-116), em Itatim, nesta segunda-feira (1). Os caminhoneiros atearam fogo em pneus no meio da pista, na altura dos kms 522 e 528.
Os policiais usaram uma máquina retroescavadeira para remoção dos pneus. Uma testemunha que presenciou as ações dos envolvidos, disse à nossa reportagem que, apesar de tudo, os protestos estão acontecendo de forma pacífica.
A rodovia foi liberada e fluxo segue tranquilo.
Reivindicações dos caminhoneiros
- As constantes altas do preço do diesel são o principal motivo da greve. Combustível utilizado em larga escala pelos caminhoneiros, o produto teve mais uma alta nas refinarias em dezembro, com reajuste de 4,4%
- Cobrança da implementação do Código Identificador de Operação de Transporte (Ciot), conquista da greve de 2018, mas que não saiu do papel.
- Revisão no reajuste na Tabela do Piso Mínimo de Frete, realizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), para o transporte rodoviário de carga. Eles querem que entre no reajuste a margem de lucro do caminhoneiro, custos com pedágios, custos relacionados às movimentações logísticas complementares ao transporte de cargas, despesas de administração, tributos e taxas; que ficam de fora.
Proposta do governo
- A principal medida seria anunciar em breve a redução do PIS/Cofins sobre o óleo diesel. Os dois impostos, porém, não seriam zerados, e sim atenuados, de acordo com interlocutores. Se por um lado o governo admite que não é fácil fazer isso, por outro os caminhoneiros acham a medida insuficiente.
- A Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério da Economia, zerou o Imposto de Importação de pneus para veículos de carga.
- O governo decidiu incluir a categoria na lista do grupo de prioridades para tomar as vacinas contra a covid-19 no País. Com isso, o número de pessoas do grupo prioritário sobe para 77,2 milhões, com a soma de 1,24 milhão de caminhoneiros.